14 julho 2014

O AMOR NA PORTA AO LADO - PARTE 3

Acordei com um som de pedras na minha janela. Olhei para meu travesseiro e vi que ainda estava molhado. Tinha chorado a noite toda. Depois que briguei com Richard comecei a sentir um vazio dentro de mim. Quase comecei a chorar de novo. Uma frase um pouco infantil me veio na mente: "eu quero a minha mãe". Mas ela não estava em casa, saiu a trabalho (acho mesmo é que ela foi se encontrar com o novo namorado). Me virei para o lado para ver a hora no meu celular. Quatro da manhã! Juro que mato essa pessoa. Abri a janela e vi Richard com uma pedra na mão pronto para tacar. Então ele me viu e jogou a pedra no chão.

— Manu vem comigo. — Falou Richard com um sorriso no rosto. — Confia em mim.

Eu queria gritar para ele ir embora, mas eu não conseguia. Quando sai de casa Richard estava do lado da moto dele. Adivinhei na hora o que ele queria.

— Eu não vou andar de moto com você!

— Confia em mim. Você vai gostar do lugar onde vou te levar. — Ele olhou para mim e percebeu outra coisa me impedindo de ir. — Você não vai cair.

Richard subiu na moto então percebi que se eu subi-se teria que ficar colada com ele. Subi e fiquei meio sem jeito pois não sabia onde me segurar. Richard pegou minha mão e aproximou dele como se disse-se "você precisa se segurar em mim". Me segurei nele e começamos a ir sabe se lá para onde. Foi quase meia hora andando de moto com Richard até avistar uma praia com uma unica rede. Ele me levou até lá e sentamos juntos.

— Você se lembra daquela torta que você me deu no dia em que cheguei?

— Sim. — Como iria esquecer. Disse para ele que eu tinha feito a torta, mas na verdade foi minha mãe.

— Estava horrível. — Ele deu uma risadinha. — Só falei que estava uma delicia para te ver feliz.

— Foi minha mãe que fez. — Também dei uma risadinha. — Falei que foi que fiz para para ganhar uns pontinhos extras com você.

— Eu gosto de você. Quando eu te levei para o cinema eu queria uma coisinha a mais. Eu esperava um beijo mas não rolou.

— E será que rola agora? 

Richard se aproximou e eu comecei a ficar (MUITO) nervosa. E então aconteceu. Ele me beijou. Foi calmo, sem pressa, foi como se eu estive-se nas nuvens. Ele segurou minha mão o tempo todo, acariciando de eu jeito que ele nunca tinha feito. Depois de um tempo ele se afastou um pouco e começamos a sorrir.

— São cinco horas, o sol já está nascendo. 

Encostei minha cabeça no ombro dele e ele me envolveu com seu braço. Ficamos lá observando o sol nascer. Nós nos olhamos e eu percebi que tinha encontrado a pessoa certa.

Espero que tenha gostado da história. Beijinhos da Ka.

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